terça-feira, 8 de julho de 2014

Tá doendo.
Tá doendo muito.
Não tá doendo só por perder.
Tá doendo pela forma e conteúdo.
Não dava pra perder de sete. Não dava prá ficar sem Neymar. Sem a alegria ainda infantil refletida nos dribles, na jinga, no futebol alegria ds nossos campinhos de várzea, de praças, de quadras comunitárias da pátria do futebol.
Tá doendo ver David Luis chorando, pedindo desculpas pra nós, torcedores, os duzentos milhões de décimos segundos jogadores da nossa canarinha.
Tá doendo ver a crônica esportiva criticar nossos guerreiros do campo verde de batalha de uma pátria de paz.
Tá doendo ver alguns poucos brasileiros queimar nossa bandeira tão querida, tão louvada, abraçada e nos abraçando nesses dias de alguma glória, muito sofrimento e angústia a cada jogo, jogado com o coração, muito mais que com as chuteiras.
Tá doendo no coração de cada brasileiro, brasileira, brasileirinhos e brasileirinhas que sonharam nesses últimos dias com mais uma estrela brilhando em cima do coração na nossa camisa verde e amarela.
Tá doendo, doendo muito.
Doendo que dói.
Uma dor sem explicação, sem lógica, sem compreensão.
Tá doendo uma dor que só o tempo talvez possa aplacar. Um tempo que não sei quando.
Talvez só um lapso de memória, outra geração, assim como foi em 1950, tempo que não vivi. Dor que só conheço pelos escritos da história.
Tá doendo e sinto que algum alívio vem apenas ao compartilhar essa dor com cada um a cada uma, dos irmanados nessa dor.
Tá doendo no nosso Brasil de norte a sul, de leste a oeste.

Tá doendo. Doendo muito. Doendo que dói.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

É O SAMBA DO CRIOULO DOIDO, DE STANISLAW PONTE PRETA OU A QUADRILHA DE CARLOS DRUMMOND?

As notas “Salada Vermelha I e II” na Coluna Vertical do jornal O POVO, desta quarta-feira (13/08/2013), me fizeram pensar em Sérgio Porto e Drummond.
Mas o fato é que elas revelam que alguns candidatos à presidência do  PT/CE estão sem qualquer projeto partidário, seja nacional ou local. Vão disputar vagas para diretório estadual do PT no Processo de Eleições Diretas do partido (PED 2013) com o projeto salve-se quem puder. E o mundo gira...

P.S. Abaixo as notas da Vertical e, é claro, as pérolas de Drummond e Sérgio Porto.

SALADA VERMELHA
Guilherme Sampaio, candidato a presidente do PT do Ceará, apoia Valter Pomar. Luizianne Lins (foto), sua apoiadora, quer Paulo Teixeira. O senador José Pimentel, outro apoiador, é Rui Falcão.

SALADA VERMELHA 2
José Maria Castro, candidato a presidente do PT do Ceará, apoia a reeleição do presidente nacional Rui Falcão. Já Artur Bruno, seu apoiador, quer Paulo Teixeira, enquanto Acrísio Sena, outro apoiador, quer Renato Simões.


Quadrilha
C. D. de Andrade
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.


Samba do Crioulo Doido
STANISLAW PONTE PRETA (Sérgio Porto)
Foi em Diamantina
Onde nasceu JK
Que a Princesa Leopoldina
Arresolveu se casá
Mas Chica da Silva
Tinha outros pretendentes
E obrigou a princesa
A se casar com Tiradentes
Lá iá lá iá lá ia
O bode que deu vou te contar
Lá iá lá iá lá iá
O bode que deu vou te contar
Joaquim José
Que também é
Da Silva Xavier
Queria ser dono do mundo
E se elegeu Pedro II
Das estradas de Minas
Seguiu pra São Paulo
E falou com Anchieta
O vigário dos índios
Aliou-se a Dom Pedro
E acabou com a falseta
Da união deles dois
Ficou resolvida a questão
E foi proclamada a escravidão
E foi proclamada a escravidão
Assim se conta essa história
Que é dos dois a maior glória
Da. Leopoldina virou trem
E D. Pedro é uma estação também

O, ô , ô, ô, ô, ô
O trem tá atrasado ou já passou

terça-feira, 25 de junho de 2013

Chamamento às mulheres
PLEBISCITO JÁ.
REFORMA POLÍTICA COM PARTICIPAÇÃO POPULAR.
Há pouco, recebi uma sugestão que considerei muito interessante, sobre o plebiscito lançado pela presidenta Dilma: lançar um movimento nas vias tradicionais de nossas cidades e nas infovias do ciberespaço: MULHERES PELO PLEBISCITO JÁ, REFORMA POLÍTICA POPULAR, reunindo filiadas a partidos ou não, simpatizantes ou pertencentes a forças populares, socialistas e progressistas para compor um corpo programático representante da visão das mulheres brasileiras acerca da reforma política.
Nossa participação na política ainda é muito reduzida, embora sejamos a maioria da população. Temos poucas mulheres no Senado, na Câmara Federal, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras Municipais, assim como temos poucas governadoras e prefeitas. O fato de termos uma Presidenta da República não alterou nossa participação na política. Uma andorinha só não faz verão. Uma reforma política deveria levar em conta, na democracia participativa, a paridade de gênero. Seria bom abrir esse debate.
O olhar feminino, pela nossa vivência, é diferenciado do olhar masculino.
Precisamos dizer das nossas dores e prazeres com nossas próprias palavras. Um plebiscito abriria o debate e as infovias permitiriam que pudéssemos participar com mais intensidade, sem sofrer tanto as dificuldades do nosso acúmulo de tarefas (mães, esposas, trabalhadoras, militantes), esse universo que enfrentamos cotidianamente com muita garra e que muitas vezes dificulta nossa participação efetiva.
Fica feito o chamamento.
Leia, critique, comente, curta e, principalmente, se puder, compartilhe para podermos trocar idéias.
PLEBISCITO JÁ.
REFORMA POLÍTICA COM PARTICIPAÇÃO POPULAR.
Carta ao meu amigo, Dr. José Maria Pontes Pontes

Em todo lugar tem bons e maus profissionais. Entretanto, o médico é um profissional especial, diferenciado. Ele lida com o que existe de mais precioso para as pessoas: A VIDA HUMANA. E num momento em que a pessoa está mais fragilizada - sentindo dores, sofrendo, impotente. Seria muito bom que todos os médicos atendessem bem os pacientes, tivessem sensibilidade para perceber isso. Infelizmente, quem usa o serviço público, com raras exceções, recebe um atendimento humanizado. Ouvi, uma vez uma história de um médico que trabalhava numa pequena cidade do interior, muito interessante e curiosa. Naquela cidade, de população extremamente pobre e carente, o médico, com sua experiência percebeu que a maior parte dos pacientes adoecia por desnutrição e fez uma campanha de arrecadação de alimentos para distribuir com os pacientes desnutridos, sem precisar dar remédio. É a solução? Não. Mas ele podia ter ficado só reclamando melhores condições de trabalho e deixar o paciente continuar doente de desnutrição. Naquela época, final dos anos 1970, não havia Bolsa Família, SUS,PSF, UPAs, Policlínicas, Hospitais Regionais, Farmácia Popular, remédios de uso continuado gratuitos e outros avanços que a luta popular conseguiu. Tenho uma outra história, de um outro grande amigo médico que luta muito para humanizar o ensino da medicina. Foi fazer mestrado e doutarado em educação para levar para a Faculdade de Medicina uma visão diferencia da docência médica. Tenho ainda outro amigo médico, ortopedista e cirurgião ortopédico que faz questão de trabalhar com a população mais carente, na periferia de Fortaleza e que briga, luta para marcar as cirurgias, para conseguir as próteses que os pacientes necessitam. Mas não deixa ninguém sem atendimento. Não conta quantas fichas atendeu, nem se o horário já terminou. Só sai quando atende o último paciente. Por último, vou falar de um caso pessoal. Levei meu irmão outro dia, com uma infecção dentária violenta no Hospital do Euzébio. Lá,na consulta, o médico percebeu que ele estava com a pressão alterada (21/14). Ele teve prioridade no atendimento e foi muito bem assistido por esse médico. Ele era estrangeiro. Não perguntei a nacionalidade. Mas fiquei muito grata pelo cuidado e atenção. Por tudo isso, quero dizer ao meu amigo Zé Maria que é preciso "despassionalizar" o debate. Nem todos os nossos médicos são bons e nem todos médicos estrangeiros são ruins. Não quis contar aqui, minha experiência pessoal com médicos na emergência do IJF ou no HGF. Só quis dizer que é preciso tratar desse assunto com mais racionalidade. Até porque tenho muito respeito pelos médicos e já precisei muito deles, inclusive do Zé, que é um grande médico e liderança na classe. Mas vamos priorizar a população que depende tanto de vocês, nos momentos mais dramáticos. Por isso, contei histórias de três aspectos diferentes da prática da medicina - o atendimento básico, o ensino médico e a emergência. Que tenhamos médicos, brasileiros ou estrangeiros, mas que tenham compromisso com a profissão que escolheram. Um abraço, Zé.